Mato Grosso lança Plano de Resíduos Sólidos

Mato Grosso lança Plano de Resíduos Sólidos

Ele será elaborado por meio de parceria entre UFMT e SEMA

 

O Estado de Mato Grosso lançou nesta quarta-feira (dia 12) o Plano de Resíduos Sólidos (PERS), resultado de uma ampla mobilização que vai auxiliar na abordagem dos resíduos sólidos (lixo). O evento, planejado desde 2019, aconteceu por meio de uma webinar que juntou UFMT e SEMA, parceiras no projeto, a AMM, Assembleia Legislativa, FUNASA e ABES, e pode ser acessado pelo canal do YouTube no link https://youtu.be/7K09fg2JXlE .

Na abertura do evento a moderadora, bióloga Solange Fátima de Oliveira Cruz, ressaltou que estava se dando o “pontapé inicial para um amplo processo de mobilização”. Solange é consultora do PERS, professora e mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade e analista na área de Gestão de Resíduos Sólidos. Em sua fala destacou que o processo tem que visar uma mudança de atitudes e avançar na prática de gestão dos resíduos.

Também na abertura do evento, a presidente da SEMA, a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, principal parceira do PERS, festejou o envolvimento da UFMT na elaboração do plano, que tem tudo para mudar a realidade do Estado, com um panorama da destinação dos resíduos e normas para sua abordagem. O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, saudou a participação da UFMT na elaboração do projeto e considerou a questão do lixo um flagelo. “A universidade está saindo do seu casulo para ir até os municípios, e isto é muito bom”, comentou.

Paulo Modesto Filho, coordenador do PERS, em sua fala explicou o programa lembrando que os trabalhos estão acontecendo desde meados do ano passado para a elaboração do plano pela UFMT, via Fundação Uniselva, de forma a cumprir à legislação brasileira. Ele também fez questão de esclarecer que os resíduos precisam ser abordados em toda a sua complexidade, desde o resíduo industrial, passando pelos resíduos da mineração até aqueles que compõe passivos ambientais, o agrossilvopastoril etc. “Estamos procurando soluções para resolver sérios problemas ocorrentes no Estado”, explicou o professor. “E com visão da realidade, fornecer subsídios para o planejamento e para o encontro de soluções que vão nos tornar uma sociedade melhor”, concluiu.

O plano será elaborado a partir das cinco regiões geográficas intermediarias que têm influência nos 141 municípios e deverá provocar mudanças de atitudes na geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final adequada dos rejeitos; responsabilidade compartilhada; logística reversa e eliminação de lixões, além do incentivo à criação de cooperativas e associações de catadores de resíduos.