Água Boa implanta coleta seletiva e espera incentivar o leste para destinação adequada de resíduos

Água Boa implanta coleta seletiva e espera incentivar o leste para destinação adequada de resíduos

Nove municípios do leste mato-grossense preparam-se para uma mudança significativa no processo de destinação dos resíduos sólidos. A partir deste mês de fevereiro Água Boa começa no município o processo de coleta seletiva que além de envolver os associados da ACAMARA  (Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis do Araguaia) no trabalho de coleta de material também vai envolvê-los na distribuição de folders educativos para a população. “A expectativa é de que a iniciativa de Água Boa estimule as outras oito cidades que formam um consórcio regional (Nova Xavantina, Nova Nazaré, Canarana, Castanheira, Campinápolis, Cocalinho, Gaúcha do Norte e Querência). Elas já têm uma atuação consorciada no saneamento básico. Espera-se que assumam uma postura  semelhante”, confessou Áurea Soares de Campos, engenheira sanitarista que desde 2005 vem atuando no município e na região,

A coleta seletiva (um processo que vem sendo tentado há anos na região) está sendo impulsionada pela prefeitura e pela nova realidade da coleta dos resíduos. Recentemente o lixão foi fechado e agora está prestes a se transformar num aterro sanitário que vai receber resíduos das nove cidades do consórcio, tanto os recicláveis quanto os rejeitos. O processo, desenvolvido a partir do PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico) foi implantado com recursos de R$ 4.403.660,00 financiado, a maior parte, pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde). A administração do aterro será definida por licitação no mês de fevereiro. Neste espaço também funcionará o Centro de Triagem que favorecerá aos catadores da Associação.

Este processo obrigou a desenvolver uma atuação emergencial para evitar a perda de renda dos integrantes da Associação, que dependiam do lixão A Associação dos Catadores, então “recebeu apoio do município, inclusive assinou um convênio em que recebe R$ 5 mil mensais, para complementar o que eles ganham com os recicláveis e em troca vão fazer um trabalho de divulgação da importância da separação do lixo doméstico”, diz Áurea além de fazerem a separação daquilo que tem valor para venda impulsionada pela associação, feita numa nova central de triagem.

A coleta seletiva vai começar a ser implantada, de forma experimental, nos bairros Universitário, Tropical e Setor Norte, a partir de 2 de fevereiro (segunda-feira). Mas a cidade já prepara os Postos de Saúde da Família, para funcionarem como pontos de coleta, inclusive a própria prefeitura. A engenheira Áurea Soares de Campos também acredita que o processo irá servir para um amplo programa de Educação Ambiental junto à população.