Cidades “Lixo 0” é utopia que está virando realidade em MT

Cidades “Lixo 0” é utopia que está virando realidade em MT

A equipe da UFMT responsável pela elaboração do PERS-MT acaba de receber alguns reforços qualificados.  Na terça-feira comemorou o ingresso da geógrafa Terezinha Rodrigues no processo e, junto com ela, o Rotary Club de Mato Grosso, para fazer uma parceria de qualidade ímpar. Terezinha tem especializações em Gestão Ambiental e é uma das principais referências na questão de reciclagem dos resíduos. Ela acalenta o sonho de criar as cidades “Lixo Zero” desde que se aposentou da SEMA, após ter trabalhado na área de reciclagem por mais de 20 anos. E prepara projetos para três importantes municípios do Estado.

“É uma utopia”, declara ao mesmo tempo em que dirige suas ações para chegar neste objetivo e demonstra o conhecimento que tem do panorama e aponta uma série de soluções para chegar no “Lixo Zero”.

Para ela, o PERS é a porta de entrada para medidas que se desejam ver materializadas. Ela já trabalha para que Tangará da Serra, Cáceres e Chapada dos Guimarães sejam as pioneiras neste processo.

“Já vamos começar com Chapada dos Guimarães nos próximos dias”, disse.

O que mais motiva Terezinha, no entanto, é algo que nos últimos 20 anos ocupou seu tempo como funcionária da SEMA. Desde 2008, foi a responsável pelo Fórum Lixo e Cidadania, uma instituição permanente que visava humanizar o processo. “No meu trabalho fiz muito contatos e fico feliz de, apesar de aposentada, poder continuar trabalhando na área”, declara. Ela pretende que haja um incremento da Educação Ambiental para não apenas aproveitar as embalagens recicláveis como também tirar da terra o chorume, que contamina o lençol freático.

Segundo ela, que já formou brigadas antifogo no passado e pretende recuperar este trabalho, a participação dos municípios é fundamental para isso.

“Precisamos criar observatórios ambientais em cada município, brigadas de incêndio em pousadas e envolver o maior número de pessoas para nos livrarmos da tragédia que é desmatamento da Amazônia, principalmente”.

Ela aponta que o momento que vivemos é consequência dessa prática que acaba com a mata e compromete o clima. Na visão dela, a Educação Ambiental é fundamental. Além da reciclagem de resíduos, o orgânico poderá acelerar o processo de compostagem visando à ampliação de hortas comunitárias e acelerar a dinâmica da economia solidária.

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